Regina Simonis

Regina Simonis (Santa Cruz do Sul, RS, 1900 – 1996)  Em 1927, ingressou corajosamente no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul. Ela foi uma das primeiras alunas do Instituto investindo no que mais gostava de fazer: desenhar e pintar.

Desde meados do século dezenove a pintura brasileira permanecia dependente das acadêmicas influências da pintura oficial francesa que trazia como padrão estético o neoclassicismo, o ideal da antiguidade clássica .  O ensino artístico no Instituto de Belas Artes do nosso estado não fugia a este regra: os exercícios de claro-escuro, o estudo das esculturas greco-romanas, o conhecimento das leis matemáticas da perspectiva, assim como o domínio dos esquemas de composição e de anatomia. O único objetivo da pintura era procurar prazer na imitação de coisas que podem ser reveladas pela luz do sol através de linhas e cores sobre uma superfície plana.

Após seis anos no curso de pintura, orientada pelas mãos do mestre europeu Francisco Pelichek, consagrado na época como o melhor professor de pintura, em 1933 Regina diplomou-se, chamando a atenção de todos ao expor suas obras no Theatro São Pedro; por ocasião da Exposição Anual do Instituto de Belas Artes. O Jornal Folha da Manhã, em 1933, se refere entusiasmado à exposição: “grande número de telas esplêndidas, principalmente no gênero natureza-morta, traçados com notável fidelidade, demonstrando o poder artístico de quem os fez. Os contrastes, o colorido, o desenho, são revelações magníficas de futurosas palhetas”. O detalhe que não podemos deixar passar é que nesta publicação havia apenas uma obra reproduzida: uma natureza morta de Regina Simonis.

Ainda na década de 30, Regina retornou a Santa Cruz do Sul, dividindo seu tempo entre a pintura e os cuidados aos pais idosos. No início dos anos quarenta, após o falecimento destes, Regina passou a dedicar sua vida a pintura. Procurando em cada obra, em cada pincelada, a materialização colorida da sua concepção de um ideal artístico.

Regina Simonis pintou até o final da vida, transformou a arte e as flores na razão da sua existência e encontrando na simplicidade o sentido do ser. Faleceu aos 96 anos de idade, deixando obras que são consideradas um marco do desenvolvimento cultural do Estado.

Em 1995 a artista foi formal e oficialmente reconhecida pela sociedade santa-cruzense quando o prédio do antigo Banco Pelotense recebeu a denominação de Casa das Artes Regina Simonis, imortalizando seu nome. Considerado por muitos o mais belo de toda a região, o prédio foi cedido, em 1994, para a Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul pela Secretaria da Fazenda do Estado. No ano de 2000, com o apoio da Universidade de Santa Cruz do Sul e através de recursos captados pela Lei de Incentivo à Cultura do Governo do Estado, iniciaram-se as obras de restauro. No final de 2001, após a liberação de valores de um convênio com a Unisc e de uma doação da empresa Dimon do Brasil Tabacos, começaram as obras no telhado. Em seguida, a Unisc deu início ao restauro das salas que abrigam as obras da nossa artista.

Em outubro de 2002 o acervo da artista plástica Regina Simonis foi doado pelo empresário Geraldo Koehler, presidente da Igel S. A. Embalagens que repassou à Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (APESC), por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Na doação a APESC recebeu 15 telas e 20 estudos em crayon, além de um exemplar original do Jornal Folha da Manhã que divulga a primeira exposição dos alunos do Instituto de Belas Artes e o diploma do curso realizado por ela. Em 2005 a exposição permanente destes trabalhos foi inaugurada e desde então encontra-se aberta a visitação pública

http://www.unisc.br/portal/pt/cultura/nucleo-arte-cultura/exposicoes.html

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