Alfredo Ceschiatti

Alfredo Ceschiatti (Belo Horizonte/MG, 1918 – Rio de Janeiro/RJ, 1989)

Escultor, desenhista, professor. Em 1938, viaja à Itália e se interessa, sobretudo, por obras de artistas renascentistas. Em 1940, no Rio de Janeiro, ingressa na Escola Nacional de Belas Artes – Enba, onde estuda escultura com Corrêa Lima. Frequente o ateliê instalado na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, juntamente com Bruno Giorgi e José Pedrosa. Cria, em 1944, o baixo-relevo da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, por encomenda de Oscar Niemeyer. No ano seguinte, conquista com esse trabalho o prêmio de viagem ao exterior no 51º Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Entre 1946 e 1948, permanece na Europa e conhece a obra de Max Bill, Henri Laurens, Giacomo Manzù e, principalmente, Aristide Maillol. Sua primeira exposição individual ocorre na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, no Rio de Janeiro, em 1948. Integra, em 1956, a equipe vencedora do concurso de projetos para o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro. No começo da década de 1960, leciona escultura e desenho na Universidade de Brasília – UnB. Várias de suas obras estão em espaços e edifícios públicos, entre eles, o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes e o Palácio dos Arcos, em Brasília; o Memorial da América Latina e a Praça da Sé, em São Paulo; e a Embaixada do Brasil em Moscou.

As esculturas de Alfredo Ceschiatti estão presentes em importantes espaços públicos de Brasília, como as Duas Irmãs (1966), no Palácio dos Arcos; e os Anjos (1970) e os Evangelistas (1968), na Catedral de Brasília. O escultor explora bastante a figura feminina, representada em suas obras com formas curvilíneas, puras, arredondadas, que têm, como contraponto, a movimentação dos planejamentos.

Ceschiatti desenvolve suas esculturas por meio de um traçado sensível, como aponta a crítica de arte Sheila Leirner, proporcionando equilíbrio e leveza a obras como os Anjos da Catedral de Brasília, ou o Contorcionista (1952). O artista, que se interessa muito pelo barroco mineiro, resgata alguns elementos dessa tradição em vários de seus trabalhos, aliando-os a uma maior simplificação formal.

Fonte: Itaú Cultural.

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