Cildo Meireles

Cildo Meireles (Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1948) é um escultor e pintor brasileiro. 

Conhecido internacionalmente, Cildo cria os objetos e instalações que diretamente levam o observador em uma experiência sensorial completa, questionando, entre outros temas, a ditadura militar no Brasil(1964 – 1985) e a dependência do país na economia global.

Ele tem desempenhado um papel chave dentro da produção artística nacional e internacional. Situando-se na transição da arte brasileira entre a produção neoconcretista do início dos anos 60 e a de sua própria geração, já influenciada pelas propostas da arte conceitual, instalações e performances, as obras de Cildo Meireles dialogam não só com as questões poéticas e sociais específicas do Brasil, mas também com os problemas gerais da estética e do objeto artístico

Durante os anos 70 e 80 Cildo Meireles arquitetou uma série de trabalhos que faziam uma severa crítica à ditadura militar. Obras como Tiradentes: totem monumento ao preso político ou Introdução a uma nova crítica, que consiste em uma tenda sob a qual se encontra uma cadeira comum forrada com pontas de prego, são alguns trabalhos de cunho político do artista. Neles a questão política sempre vem acompanhada da investigação da linguagem. Inserções em circuito ideológico: Projeto Coca Cola, por exemplo, consistiu em escrever, sobre uma garrafa de Coca Cola, um dos símbolos mais eminentes do imperialismo norte-americano, a frase Yankees go home, para, posteriormente, devolvê-la à circulação. Além da questão política o projeto faz referência a toda problematização desenvolvida pelos movimentos de vanguarda e por Marcel Duchamp no início do século; uma espécie de ready made às avessas.

Cildo examina a falibilidade da percepção humana, os processos de comunicação, as condições do espectador, a relação da obra de arte com o mercado.

Uma de suas obras, chamada Cruzeiro zero é uma réplica fiel de uma nota do Cruzeiro (a moeda corrente naquele tempo) que não tem nenhum valor e as figuras históricas e heróicas sejam substituídas pela fotografia de um índio brasileiro e de um paciente de um hospital psiquiátrico. Há uma crítica, um comentário na super inflação e na desvalorização do cruzeiro, este trabalho joga com noções tradicionais da natureza e ‘ do valor ‘ da arte e da marginalização do Brasil no mundo internacional da arte.

Em 2008 ganhou o Premio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo Ministerio de Cultura da Espanha, ainda em 2008, ganhou mostra na Tate Gallery em Londres, onde expõe obras e instalações com caráter político que serão expostas até janeiro de 2009. Segundo o Jornal Folha de S. Paulo de 13 de outubro de 2008.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cildo_Meireles

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