Jean Cocteau
Jean Maurice Eugène Clément Cocteau (Maisons-Lafitte, 5 de julho de 1889 — Milly-la-Forêt, 11 de outubro de 1963) foi um poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, ator, e encenador de teatro francês. Em conjunto com outros surrealistas da sua geração (Jean Anouilh e René Char, por exemplo), Cocteau conseguiu conjugar com maestria os novos e velhos códigos verbais, linguagem de encenação e tecnologias do modernismo para criar um paradoxo: um avant-garde clássico. O seu círculo de associados, amigos e amantes incluiu Jean Marais, Henri Bernstein, Édith Piaf e Raymond Radiguet.
Cocteau realizou sete filmes e colaborou enquanto argumentista, narrador em mais alguns. Todos ricos em simbolismos e imagens surreais. É considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos. As suas peças foram levadas aos palcos dos Grandes Teatros, nos Boulevards da época parisiense em que ele viveu e que ajudou a definir e criar. A sua abordagem versátil e nada convencional e a sua enorme produtividade trouxeram-lhe fama internacional.
Figura importante do surrealismo, apesar de detestado e rejeitado pelo líder do movimento, André Breton e todos os do seu grupo, que não raras vezes o perseguiram e insultaram, por homofobia e àquilo que eles consideravam ser mundanidade, frivolidade e diletantismo. Teve enorme influência na obra de outros artistas, incluindo o grupo musical de amigos de Montparnasse, que ficou conhecido Les Six. O termo “surrealismo” foi criado por Guillaume Apollinaire no prólogo de Les mamelles de Tirésias , uma obra começada em 1903 e completada em 1917, menos de um anos antes da sua morte.[1] “Se não fora Appolinaire fardado”, escreveu Cocteau, “com a cabeça rapada, uma cicatriz na testa e uma ligadura `volta da cabeça, as mulheres ter-nos-iam arrancado os olhos com alfinetes”.
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