Com juntar – com meçar – com olhar – com fazer

A hora é de resgate do trajeto. Em Um(meu) caminho de expressão mostro trabalhos de vários tempos, uma espécie de retrospectiva são cronológica do meu fazer como artista. São pinturas, desenhos e objetos têxteis onde me coloco como ser contemporânea, uma mulher aqui e agora. Trago trabalhos antigos e pinturas realizadas e não mostradas para estabelecer uma relação entre tempos diferentes do meu processo criativo, coisas que fui guardando semmostrar, mas que são, na verdade, sua base. A partir delas, sigo meu voo. O mecanismo de fazer espontâneo e o uso, por meio de técnicas e linguagens diferentes e múltiplas, trazem para o material a minha relação com o universo do qual faço parte, meus personagens trazem consigo um pouco da realidade sensorial de mulher, com deficiência, vivendo neste tempo e lugar. Conto aqui uma boa parte da minha história. Mostro que, apesar da evolução técnica e liberdade de expressão conquistada na intensidade do fazer e pensar arte neste período de tempo, o trabalho mantém um núcleo de coerência demonstrada na verdade que propõe comunicar. Cores intensas, fortes, primárias no uso imediato, no gesto da mão. Espelhos, retratos abstratos, permissão da liberdade, do sonho, do desejo, do vazio. O depois no olho, na leitura, no entendimento.

Daisy Viola

Artista plástica

Curadora da Galeria Espaço Cultural Duque

COSMOS – ZicaFortini

Ceramista que apresenta produção recente em sua primeira individual na Galeria Duque. Em uma perspectiva tridimensional inovadora a artista produziu esculturas de parede compostas em materiais inusitados como ferro, placas acrílicas, placas cerâmicas, papier maché, elementos naturais e outros.

Teresas – Roberto Freitas

Teresas são chamadas as cordas feitas de lenções usadas pelos presos para fugas. A instalação Teresas, na fachada da galeria Duque remete a ideia da arte como caminho de fuga, um escape.

 

Curadoria Ana Zavadil

De 19/dez/2022 a 10/mar/2023

As obras reunidas nesta exposição, 68 obras de 46 artistas,   discutem o conceito natureza-morta em sua abrangência e diversidade, e vamos encontrar obras clássicas com arranjos de frutas ou flores, bem como objetos, fotografias, instalações e outras linguagens em outros patamares de representação para o assunto, evocando outras ideias associativas.   Uma abordagem contemporânea do gênero clássico. Das antigas tumbas egípcias aos murais romanos, do realismo das Vanitas holandesas ao hiper-realismo das fotografias contemporâneas – todas retratando objetos inanimados – uma categoria fundamental no universo das artes visuais.

 

Semana de 100 anos

O olhar para dentro e para o lado
09 de abril a julho/2022

Era uma vez, um grupo de jovens inteligentes, criativos, e… rebeldes,  em busca de  liberdade de expressão, desejando o fim de regras na arte, e com ideias futuristas em nome de uma nova sociedade, uma nova maneira de pensar arte. Fizeram a Semana de arte moderna de 1922, um evento cultural que reuniu diversos tipos de arte comopintura, poesia, escultura, dança, entre outras.

Foi a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno, em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX. Inserida nas festividades em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil em 1922, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, realiza-se no Teatro Municipal de São Paulo um festival que inclui exposição com cerca de 100 obras, aberta diariamente no saguão do teatro, e três sessões lítero-musicais noturnas. Essas exposições durante a semana marcaram o início do movimento modernista no Brasil, tornando-se referência cultural do século XX.

A Semana foi uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão, um desejo de experimentar diferentes caminhos e definir um ideal moderno, um movimento capaz de voltar-se para as raízes da cultura popular brasileira. A dinâmica entre nacional e internacional torna-se a questão principal desses artistas nos anos subsequentes à Semana que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século quando se desdobrou em diversos movimentos diferentes.

Neste 2022, quando se completam 100 anos deste novo caminho na arte brasileira, decidimos mostrar obras que fazem parte do acervo da galeria, de artistas que fizeram parte deste momento histórico tão importante e de artistas que usufruíram desta nova liberdade nos anos seguintes do sec.XX.

Anita Malfatti, Arcanjo Ianelli, Athos Bulcão, Alfredo Volpi Benedito Calixto, Burle Marx (natureza morta, vaso de flores, paisagismo), Di Cavalcanti, Portinari, Caribé (pescadores, bate papo), Djanira (santa, anjos), Heitor dos Prazeres, José Pancetti (todos), Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, – John Graz(?), Oswaldo Goeldi, Víctor Brecheret.

Daisy Viola

Artista Plástica

Instrutora de arte no Atelier Livre Xico Stockinger PMPA

Gladys May (in memoriam)

Pinturas e Desenhos

Mostra póstuma de Gladys May (Gladys Maria Ranquetat May, 1940-2020) artista plástica que produziu em Porto Alegre por mais de 20 anos sem nunca exibir o seu trabalho. Sua obra, principalmente em pintura, mas também em desenho e poesia visual, encontra-se exibida em dois andares da Galeria. Sua produção primou pelo intimismo, expressão pura do inconsciente, nos conduzindo do realismo fantástico ao naïf. A ideia da mostra é revelar uma produção antes só conhecida do ambiente familiar, que agora é propiciada a ser revelada ao público, também como homenagem póstuma.

A obra de Gladys May precisa ser, assim, divulgada. Seu exemplo é comum, no sentido de artistas plásticos que, por diversos motivos, não puderam tornar público a sua produção. Nesse sentido, como homenagem, apresentamos esta exposição com cerca de quarenta de suas obras, como um tributo à sua memória, para que seu trabalho artístico, sua manifestação de sentimentos e sensibilidade em forma de pinturas e desenhos seja conhecida e admirada.

José Francisco Alves

Professor de escultura do Atelier Livre

Curador

Arte: veja obras da mostra Imagem, Espelho, Humanidades – RBS TV RS Institucional – Catálogo de Vídeos

http://redeglobo.globo.com/rs/rbstvrs/institucional/videos/t/videos/v/arte-veja-obras-da-mostra-imagem-espelho-humanidades/5905326/

 

 

 20/05/2017 – 01/07/2017

Imagem, espelho, humanidades

Obras do acervo da galeria

Desde sempre o ser humano tem o desejo de deixar a sua marca, registrar sua existência, relatar seu mundo, contar a sua história. Para isto usou a representação visual de sua imagem, seu cenário e seus feitos como uma representação percebida pelos sentidos, a descrição mental de um objeto real. Até hoje esta prática mantém-se viva e envolve tanto o conceito de imagem adquirida como a gerada pelo ser humano, quer na criação pela arte, como um registro fotográfico, uma pintura, um desenho, uma gravura, em qualquer forma visual de expressão da ideia.

Hoje em dia, imagens são veiculadas por anúncios publicitários, cartazes afixados em muros e murais; na arquitetura dos edifícios; nos utensílios domésticos, nas roupas, nas representações sagradas, nos impressos, no cinema e na televisão. A representação exterior atua como um espelho em nossa mente. Um espelho em que vemos refletidas diferentes qualidades, características e aspectos pessoais de nossa própria essência, de nosso ser mais primitivo que estabelece uma nova relação entre o ser interior e seu mundo externo.

A arte contemporânea ampliou a possibilidade de expressão desta imagem e seus reflexos com a libertação dos limites entre as diferentes linguagens artísticas. Nesta nova exposição, a Galeria Duque apresenta dois artistas convidados que trabalham a imagem do humano com propostas diferentes, poderíamos pensar até, quase opostas. Rafael Dambos com seus nus masculinos em desenhos de uma preciosidade técnica inacreditável, realizados com caneta esferográfica, e, em grandes dimensões, quase vivos, sentimos seu olhar, assim nosso reflexo.. espelho. Já Anaurelino Corrêa de Barros busca inspiração no nosso passado ancestral, nossa origem, nossa primeira ‘marca’. Pinturas de técnica mista sobre papel resistente com bordas recortadas, rasgadas, re – coladas. Coloridas nas cores da terra, da vida, da luz. Também somos nós, talvez num reflexo menos nítido. E aí, inspirada nos trabalhos destes dois artistas, proponho um recorte com obras do acervo da Galeria Duque, que nos apresentam diversas formas de os artistas perceberem a sua imagem refletida num espelho, ou num outro humano que esteja ao alcance de seu olho. Coisas de humanidades.

Daisy Viola

Artista plástica

Instrutora de arte no Atelier Livre Xico Stockinger da PMPA

Curadora desta exposição

 

 

 

 

 

                        Sonhos lúcidos –  de 01/12/2016  `a 20/01/2017

Obras de arte são feitas para serem vistas. Assim, criam pontes entre o passado e o futuro, entre a realidade e o sonho, entre a inteligência e a sensibilidade. Propõem um espaço  circundante entre o onírico e o lúcido; entre a ficção e a realidade; entre o pensar e o sentir.

A Galeria Duque foi pensada a partir de um acervo, e da vontade de que suas obras pudessem ser mostradas ao público de Porto Alegre e seus visitantes.
Há exatos 4 anos a cidade ganhou este espaço onde apresentamos obras de artistas importantes na cena artística principalmente do Brasil no sec. XX. Abrimos também nossos  espaços para artistas e/ou grupos de artistas convidados a expor, quando selecionamos obras do acervo que estabeleçam um diálogo com as propostas contemporâneas dos convidados.

Neste momento de aniversário e de encerramento da agenda de 2016, apresentamos os trabalhos da artista Eva Zimbrusky, com seu projeto Amazônia Exuberante – Arte pela vida que lança um olhar contemporâneo sobre a Amazônia, sua biodiversidade, e a necessidade de
parar com a agressão que a mesma vem sofrendo.

Eva faz uso em seus trabalhos, da energia das cores vibrantes, que usa como forma de, através da arte, reverenciar a natureza.

Do acervo, mostraremos nosso máximo possível, numa ‘exposição – festa’, de aniversário e final de ano, colorida e acessível a todos aqueles que queiram fazer parte deste nosso sonho que virou realidade, nosso sonho lúcido.

Daisy Viola
Artista plástica
Instrutora de artes no Atelier Livre Xico Stockinger-PMPA
Curadora desta exposição

De 20/05 à 09/07/2016

O singular e o dual da palavra se referem a mais de uma coisa, mais de uma ideia. A pluralidade está relacionada com a diversidade de coisas ou pessoas reunidas em um mesmo espaço físico. Também pode significar as diversas hipóteses disponíveis para solucionar determinada situação (pluralidade de alternativas).

A pluralidade na arte acontece quando se encontram reunidos em um mesmo espaço, vários artistas de diferentes linguagens e ideias. Esta é a nossa proposta para a Galeria Duque, neste momento em que, depois de um tempo para obras de renovação do espaço físico,retomamos nossas atividades.

Neste tempo contemporâneo, termo usado para classificar a ampliação de possibilidades materiais e de fazeres, a convivência entre obras muito diferentes acontece de forma ao mesmo tempo tranquila e instigante e proporciona experiência sensorial ampliada para público. Aqui com desenhos, pinturas, gravuras com impressão inusitada, de branco sobre branco, colagens de papéis, de objetos,
esculturas de papel e outras linguagens. Reunimos assim, artistas que fazem parte já da história da arte do Brasil, com obras do acervo da galeria, e artistas convidados em plena produção e pesquisa.

Para ver uma exposição tão plural quanto esta, sugiro se despir de qualquer preconceito antes de começar a percorre – la. Os visitantes são provocados a pensar – e sentir – sobre cores (ou a falta delas), formas e tantos outros estímulos lançados pelos trabalhos diferentes e pelas propostas de cada artista.

Daisy Viola
Instrutora de arte no Atelier Livre PMPA
Artista plástica
curadora desta exposição

 

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