Eugênio de Proença Sigaud

Eugênio de Proença Sigaud ( Stº Antônio do Carangola / RJ, 1899 – Rio de Janeiro, RJ, 1979).

Pintor, gravador, artista gráfico, vitralista, ilustrador, cenógrafo, crítico, professor, arquiteto e poeta.
Graduado em engenharia-agrônoma pela Escola de Agronomia de Belo Horizonte, ao mudar para o Rio de Janeiro, fez curso livre de desenho e faculdade de Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes.
Ao lado de Quirino Campofiorito (1902-1993), Milton Dacosta (1915-1988), Joaquim Tenreiro (1906-1922) e José Pancetti (1902-1958), integrou o Núcleo Bernardelli, em 1931. Movimento de oposição ao conservadorismo reinante na Enba – Escola Nacional de Belas Artes, o grupo propõe, entre outras iniciativas, a democratização do ensino técnico e o acesso livre aos salões de arte.
De 1935 a 1937, estudou com Cândido Portinari no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal e integrou-se no Grupo Portinari.
Na década de 50, executou o projeto arquitetônico e decorativo do edifício-sede do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros e projetou – a pedido de seu irmão, o bispo Geraldo Sigaud – toda a decoração e pintura do interior da Catedral Metropolitana de Jacarezinho, no Paraná.

Conhecido como o pintor dos operários, Sigaud explora em suas telas, de maneira intensa e militante, o tema do trabalho, sobretudo a partir de meados dos anos 1930. É quando passa a participar do Grupo Portinari, em 1935, e assume uma postura explícita de defesa de formas de expressão mais populares, como a pintura mural. Telas antológicas como A Torre de Concreto, 1936, e Acidente de Trabalho, 1944, ambas pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), correspondem à fase mais intensa da representação proletária em sua produção e mostram como ele não apenas traz à cena o povo anônimo, mas busca representá-lo em seu contexto produtivo, em meio às construções simbolizadas por vertiginosas estruturas de ferro, andaimes, cordas e outras referências ao cotidiano dos canteiros de obra. Com influência do muralismo mexicano, do nacionalismo de Portinari e marcado por um diálogo intenso com o expressionismo, Sigaud reforça o caráter dramático das cenas por meio de ângulos inusitados, da deformação dos personagens, do contraste cromático e de uma composição bastante verticalizada e um tanto claustrofóbica da paisagem urbana.

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