Glênio Bianchetti

Glênio Alves Branco Bianchetti (Bagé/RS, 1928 – Brasília/DF, 2014)

Gravador, pintor, ilustrador, tapeceiro, professor e desenhista. Retrata paisagens e a figura humana, transitando entre o expressionismo, o interesse pela abstração e o grafismo. Inicia os estudos artísticos em Bagé, na década de 1940, junto com Glauco Rodrigues, sob orientação de José Moraes . Em 1949, ingressa no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre. Funda, em 1951, ao lado de Glauco Rodrigues e Danúbio Gonçalves, o Clube de Gravura de Bagé, posteriormente incorporado ao Clube de Gravura de Porto Alegre.

Esse Grupo de Bagé, formado também por Carlos Scliar e Vasco Prado, realiza produção artística de caráter social, tratando da realidade das classes mais pobres, do trabalho e dos costumes regionais. Nos trabalhos de Bianchetti dessa época, como Paisagem de Bagé (1949), nota-se a simplificação formal, com pincelada gestual e uma gama cromática que garante caráter dramático..

A partir dos anos 1960, trabalha sobretudo com pintura, litografia e gravura em metal. Na pintura, os temas principais de Bianchetti são a figura humana, a natureza-morta e a paisagem.  Em seus quadros ficam insinuados a admiração do artista pelo cubismo e o interesse pela abstração. 

Em 1962, muda-se para Brasília e ajuda a fundar a Universidade de Brasília (UnB). É responsável pela criação do Ateliê de Arte e o Setor Gráfico dessa instituição e leciona desenho e pintura até 1965, quando é afastado pelo regime militar. No início da década de 1970, participa da criação do Museu de Arte de Brasília e atua em projetos voltados ao ensino artístico. 

Em 1988, é reintegrado à UnB. Entre 1996 e 1997, é organizada mostra retrospectiva do Grupo de Bagé com exposições em várias capitais. Em 1999, é homenageado com a retrospectiva dos seus cinquenta anos de carreira, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. No ano seguinte, também em Brasília, o artista expõe na Câmara Legislativa 28 quadros pintados ao longo da década de 1990 e, para a ocasião, entre eles Natureza Morta (1994), Janela para o Mar (1993) e Moça na Varanda (2000).  Em 2004 é publicado o livro Glenio Bianchetti, de autoria de José Paulo Bertoni.

Interessado por representar a presença humana e seus contornos, o artista retrata paisagens e cenas com simplificação formal e apuro no traçado do desenho.

Fonte: Itaú Cultural.

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