Joaquim Tenreiro

Joaquim Albuquerque Tenreiro (1906, Portugal – 1992, São Paulo) foi um marceneiro, projetista de mobiliário, pintor e escultor moderno. Embora não tenha nascido no Brasil, Joaquim Tenreiro pode ser considerado o pai do design de móveis brasileiro do século XX, graças à precisão inigualável e aos detalhes impecáveis, com criações que transformaram drasticamente a indústria moveleira nacional. Nascido em Portugal, mudou-se para o Brasil, onde exerceu a profissão de marceneiro, herdada da família, e depois a de projetista de móveis, em diversas empresas no Rio de Janeiro, como Laubisch & Hirth.  Em 1914, retornaria ao seu país natal para iniciar aulas de pintura. Filho de marceneiros, durante todo o período entre Brasil e Portugal Tenreiro ajudou seu pai na produção de móveis, tomando o primeiro contato com a área.  No ano de 1928, fixou residência definitiva no Rio de Janeiro frequentando, então, o curso de desenho do Liceu Literário Português e fazendo cursos no Liceu de Artes e Ofícios.

Em 1943, ele decidiu montar sua primeira oficina, a Langenbach & Tenreiro. Alguns anos mais tarde, Tenreiro inaugurou as suas lojas de móveis, primeiro no Rio de Janeiro e depois em São Paulo. Ao criar sua própria empresa, ele começou a colocar em prática suas ideias para o mobiliário moderno. Durante as décadas de 1950 e 1960, Tenreiro desenhou mobiliários e painéis em madeira, acompanhando o progresso da arquitetura moderna brasileira com seus móveis presentes em inúmeras instituições no país, com destaque para o Itamaraty e o Senai. Dedicou-se por mais de 20 anos às artes plásticas, especialmente à escultura.

Produziu treliças, relevos e colunas em madeira policromada, com destaque para as peças que combinavam arte e o amplo conhecimento adquirido como designer de móveis. Algumas das soluções criadas por ele para seus mobiliários foram usadas de maneira mais livre em suas esculturas.

A produção de Tenreiro no campo das esculturas aliou características modernas com o despojamento e a simplicidade do uso de materiais tipicamente brasileiros. É exatamente isso que assegura que as suas peças tenham qualidade artística. Em 1960, ele recebeu uma menção honrosa em desenho no Salão Nacional de Arte Moderna. Em 1965, participou da VIII Bienal de São Paulo.

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