Sergio Telles

Sergio Barcellos Telles GCRB (Rio de Janeiro, 14 de abril de 1936 — São Paulo, 24 de janeiro de 2022) foi um diplomata e pintor brasileiro. Como diplomata, serviu na América do Sul, Europa, África e Ásia. Foi embaixador do Brasil na Malásia (1995–1998), no Líbano (1998–2002) e na Tunísia (2003–2006).Sergio Telles nasceu em 1936 no Rio de Janeiro e começou a pintar aos nove anos na Quinta da Boa Vista orientado por Levino Fânzeres, um paisagista. Em 1954 Sergio Telles participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes. Posteriormente, obteve vários prêmios nos salões da Sociedade Brasileira de Belas Artes, Associação de Artistas Brasileiros, foi inclusive agraciado com uma viagem à Bahia. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro.

Em 1957 Sergio Telles viajou para a Europa e visitou os principais museus na Itália, França, Holanda e Portugal. Naquele mesmo ano, na condição de estagiário, prestou serviços de restauração na Pinacoteca do Vaticano. Depois de seu retorno ao Brasil, trabalhou nos ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, no Rio de Janeiro.

Em 1964, ingressou no Ministério das Relações Exteriores por concurso público e, como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em países como Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia. Aposentou-se como ministro de primeira classe da carreira de diplomata, regressando ao Brasil em 2006. Atualmente reside em São Paulo.

Em agosto de 2005, Sergio Telles foi condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a maior comenda da Ordem de Rio Branco, a Grã-Cruz ordinária.

A obra de Sergio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas no Brasil, França, Portugal, Líbano, e Tunísia (paisagens urbanas, praias, mercados, bailes populares, interiores de seus ateliês) figura em museus importantes como o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Túnis.

Suas principais exposições foram organizadas por alguns dos museus acima listados e pelas galerias Wildenstein de Londres, Tóquio e Buenos Aires, Bernheim Jeune, « La Cave » e Claude Marumo em Paris, Perron em Genebra, Jean Boghici no Rio de Janeiro, Renato Magalhães Gouvêa em São Paulo, S. Mamede em Lisboa, Nuno Lima de Carvalho no Estoril, Fujikawa em Tóquio e Stuker em Zurique.

Textos sobre a pintura de Sergio Telles foram escritos por críticos de arte e intelectuais como Bernard Dorival, Gaston Diehl, Raymond Cogniat, Arnaud d’Hauterives, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Henri Dauberville, Jeanine Warnod (Paris), François Daulte (Lausanne), Antonio Bento, Jorge Amado, Olivio Tavares de Araujo, Ferreira Gullar, Fabio Magalhães, Carlos Drummond de Andrade, Mario Barata, Clarival do Prado Valladares, José Roberto Teixeira Leite, Jacob Clintowitz, Gilberto Gil, Rachel de Queiroz (Rio e São Paulo), Antonio Valdemar, José Carlos Vasconcellos, Fernando Namora (Lisboa), Rafael Squirru, Cesar Magrini, Eduardo Baliari, Sigmart Blum (Buenos Aires), Chisaburo Yamada, Yasuo Kamon (Tóquio). Trata-se de impressões que figuram em livros, álbuns de gravuras e catálogos de suas exposições publicados na França, Brasil, Argentina, Portugal, Tunísia e Japão.

Morreu em 24 de janeiro de 2022, aos 85 anos.

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